D uas irmãs foram ao mesmo templo, assistir às mesmas  cerimônias, falar ao mesmo Deus e ouvir o mesmo pregador. Uma era  emotiva e a outra reflexiva. A formação pessoal assimilada, o grau de  escolaridade e o temperamento fizeram a diferença.   A emotiva, cujas lágrimas afloravam por qualquer mexida de alma,  chorou cinco vezes, levou as mãos ao peito a cada novo comando, fechou  os olhos quinze vezes. Obedecia a todas as sugestões do pregador que  acentuava fortemente a religião do clamor. Molhou dois lenços. Voltou  para casa sentindo que, outra vez fora tocada pelo Espírito Santo, pela  Palavra de Deus e pela palavra do pregador.   Sua irmã, que veio com o marido e a filha adolescente, ouviu tudo  serenamente, não pôs a mãos no peito, não fechou os olhos, discordou de  algumas colocações do pregador sobre educação dos filhos e sobre  política, concordou com outras e processou, ali mesmo, todas as  informações que recebia.   Adv...
 
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