São Cosme e São Damião, padroeiros dos farmacêuticos e médicos

Resultado de imagem para Comes e damiãoSão Cosme e São Damião, passaram a ser também missionários, levavam a muitos a saúde do corpo e da alma

Hoje, lembramos dois dos santos mais citados na Igreja: Cosme e Damião. Eram irmãos gêmeos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente e, desde jovens, eram habilidosos médicos. Com a conversão passaram a ser também missionários, ou seja, aproveitando a ciência com a confiança no poder da oração levavam a muitos a saúde do corpo e da alma.
Viveram na Ásia Menor, até que diante da perseguição de Diocleciano, no ano 300 da era cristã, foram presos pois eram considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta deles era sempre:
“Nós curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder!”
Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses, responderam: “Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!”
Jamais abandonaram a fé e foram decapitados em 303. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de medicina.
São Cosme e São Damião, rogai por nós!

É lícito que um católico distribua ou aceite doces em honra de São Cosme e São Damião?


Evidentemente, os católicos não devem participar do sincretismo, que é de fato um desvirtuamento da verdadeira veneração desses e de outros santos. Em certas situações, no entanto, torna-se difícil saber quem adota esse costume por verdadeira devoção aos santos ou para homenagear os "orixás". Essa prática só poderia ser permitida aos cristãos se feita por pura caridade, sem qualquer ligação com a paganismo, feitiçarias ou tradições de ritos estranhos à nossa fé. S. Cosme e S. Damião podem somente ser cultuados na fé da Igreja, nas Missas, novenas e orações particulares.

Justificativas que não justificam

Alguns católicos comparam o costume de se distribuir alimentos e guloseimas de Cosme e Damião, associados a tradições pagãs e entidades africanas, com o costume dos tempos dos Apóstolos de se consagrar o alimento aos deuses (ídolos) antes de consumi-lo, e resolvem o problema com a citação de um trecho da primeira carta de São Paulo aos coríntios. São Paulo Apóstolo diz:

Quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus senão um só. Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no Céu quer na Terra, todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para Quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo Qual são todas as coisas, e nós por Ele."
(1Cor 8, 4-6)

Segundo esta linha de pensamento, já que os deuses pagãos não existem, tanto faz comer ou não do alimento consagrado a eles. Além disso, alguns outros nos lembram que o Senhor Jesus disse que não é o que entra pela boca que faz mal ao homem, e sim o que sai dela (cf. Mt 15,11).

O grande problema nessas justificativas é que São Paulo, na passagem citada, salienta que os alimentos oferecidos aos deuses pagãos não eram, na verdade, oferecidos a deus algum, pois os deuses pagãos não existem. Logo, comer daqueles alimentos não significava, de fato, prestar culto a deus algum. É diferente afirmar que os alimentos oferecidos a entidades espirituais potencialmente demoníacas (pois sabemos que o maligno é mestre da dissimulação), estão sendo oferecidos "ao nada". É certo que não seja possível haver outros deuses, pois Deus é um só, mas existem os demônios, e é possível oferecer-lhes culto e prestar-lhes homenagens. Sendo assim, por estarmos tratando de realidades espirituais desconhecidas e não de deuses, a passagem de São Paulo não se aplica à questão dos alimentos consagrados às "entidades" pagãs.

Assim, o cristão que come alimentos consagrados a Cosme e Damião segundo o sincretismo pagão, desconhecendo sua conotação umbandista, age inocentemente. Contudo, o cristão que tem conhecimento do contexto espiritual em que são distribuídos tais alimentos e ainda assim os aceita e come, age mal, não somente incentivando uma festa pagã, como também tomando parte nela.

A existência do mal se verifica não somente na intenção da pessoa ou no escândalo que pode ser causado perante terceiros, mas também nas situações concretas, de tal modo que representações e símbolos, bem como cultos ou festividades, podem ser ocasião de manifestação concreta do mal.

De maneira semelhante, supostos cristãos vão às praias todo final de ano oferecer flores à Iemanjá – um espírito ou divindade que segundo a nossa fé não existe. Poderíamos, então, dizer que não há mal nessa prática? Ora, o grandeproblema é que essas pessoas estão de fato participando de uma prática pagã, dando mau exemplo aos seus próximos e perpetuando uma crença falsa e idolátrica.

Quanto à afirmação de Nosso Senhor, de que o que entra pela boca não mancha o homem, se a analisarmos dentro do seu contexto próprio, veremos que se refere aos rituais de purificação dos judeus. Por outro lado, é evidente que se comermos alimento putrefato, por exemplo, seremos prejudicados, e muito.

Finalizando, há um princípio essencial do bom senso e da prudência que, se for seguido nesses casos, resolverá tudo: na dúvida, não faça. Melhor ainda, guarde distância.

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