O fim do mundo

(Para o cristão o Senhor sempre será a meta)
Muita gente está assustada com as previsões feitas para o dia 12/12/2012. Isto não passa de mais um momento de sensacionalismo, daquilo que é próprio de uma cultura cheia de vulnerabilidade e insegurança. Dizem ser o “dia galáctico”, até interpretado como “fim do mundo”. Apenas digo ser verdade que a profecia não é verdade.

O profeta Daniel descreve o fim dos tempos e a evidência da ressurreição (Dn 12, 1-3), mas tal realidade só pode acontecer por uma intervenção decisiva de Deus, quando cada pessoa receberá o destino de acordo com o seu proceder na terra: uns para a vida eterna e outros para a ignomínia eterna.

Daniel cita a sabedoria como aquilo que constrói o destino das pessoas. Quem age com meios violentos não consegue fazer prevalecer o direito de Deus. É a partir daí que vai acontecer o julgamento divino, “que tarda, mas não falha”. O que vai ficar é a justiça divina e a glória para quem a faz acontecer.
A meta da história está centrada no fato de que é Deus quem a dirige, levando consigo a ideia de seu triunfo final sobre todo o mal. Isto significa que o mundo tem uma meta, a consumação do plano de Deus. Cabe às pessoas uma atitude de vigilância, porque há uma certeza de que o Senhor virá.

Na visão bíblica, parece não existir fim do mundo, mas fim dos tempos, que vai coincidir com o retorno de Jesus Cristo na glória de Sua Ressurreição. Ele virá para julgar o mundo e a história. O povo eleito, disperso por toda a terra, será reunido e os justos estarão definitivamente com o Senhor.

O cristão deve ter em mente que o fim é acontecimento presente, que influencia seu pensar, julgar e agir. Um presente que é passageiro, transitório, mas apoiado na firmeza da Palavra do Senhor. Só Deus pode determinar o que chamamos de fim dos tempos. O dia vai chegar, mas isto não está nas mãos dos homens, mas do Senhor.
 
Dom Paulo Mendes Peixoto
 

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