Na Semana Santa tudo celebra o Mistério da Salvação
Por Padre Luizinho no dia mar 25th, 2013 sobre Ano da Fé, Espiritualidade, Liturgia, Páscoa.
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Nesta Semana tudo celebra o Mistério da Salvação, “Ele tomou sobre si a nossas dores, Seu sangue derramou para nos resgatar das trevas e por Suas chagas fomos sarados”.
(Isaías 53 O Servo sofredor). Quando celebramos a liturgia e de forma
especial nesta semana A Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, não
estamos recordando, como num álbum de fotos ou num filme de gravações de
memórias passadas. A espiritualidade das celebrações
litúrgicas atualizam em nossa vida hoje o Mistério que estamos
celebrando, ou seja, estamos vivendo e recebendo as graças eficazes do
que estamos celebrando, rezando. Por isso, celebrar a
liturgia não é fazer uma simples memória, mas trazer para minha vida
hoje, atualizar, tornar novo, Aquilo que nos trouxe Jesus Cristo, seus
gestos, Palavras e principalmente o Amor que o levou a morrer por nós na
cruz. (Cf. Jo 3,16) Quem garante tudo isso é o Espírito Santo e a
intenção verdadeira da Igreja que celebra os Mistérios de Cristo por
sucessão apostólica. Isso quer dizer, que recebemos de Cristo e dos
apóstolos.
A Santa Missa é a maior oração que
podemos fazer, pois Ela é a atualização da Paixão, Morte e Ressurreição
de Cristo. Após a comunhão, apesar da Igreja lotada estava rezando e
contemplando O Mistério que enchia meu coração. A Eucaristia, que o
Sacerdote consagrou, do mesmo Jeito e Palavras que fez Jesus na ultima
ceia com os seus discípulos. Neste momento meu coração triste e saudoso
foi preenchido pela presença amorosa de Cristo que derramava seu Sangue
precioso sobre mim e ali eu vivi a realidade do amor de Deus, que me
resgatava daquele momento de tristeza e saudade. Sua mão ensangüentada tocou em mim.
Ouça o Podcast na integra:
Hoje quero convidar você a rezar e a
viver a liturgia desta Semana, clamando as mãos ensangüentadas de Jesus,
Suas Santas Chagas e experimentar a ressurreição e a Salvação. Apresentemos onde mais precisamos que Jesus nos toque.
É importantíssimo participar das funções litúrgicas na sua paróquia e
renovar sua fé e seu batismo junto com a sua comunidade, por isso,
procure saber os horários de cada celebração.
O Domingo de Ramos e da
Paixão do Senhor abre solenemente a Semana Santa. No século IV, já
encontramos em Jerusalém notícias sobre uma celebração que procurava
recordar o mais exatamente possível à entrada histórica de Jesus de
Nazaré na cidade. Cristo que é saudado como Messias e Rei entra
voluntariamente para sua Paixão. A liturgia das palmas antecipa neste
domingo, chamado de páscoa florida, o triunfo da ressurreição, enquanto
que a leitura da Paixão nos convida a entrar conscientemente na Semana
Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo o Senhor.
Sentido do Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal é a maior celebração das
comunidades cristãs. A Páscoa é o centro do ano litúrgico, fonte que
alimenta a nossa vida de fé. Celebrar o Tríduo Pascal da paixão e
ressurreição do Senhor é celebrar a obra da redenção humana e da
perfeita glorificação de Deus que o Cristo realizou quando, morrendo,
destruiu a nossa morte e ressuscitando, renovou a vida.
Quando teve início o Tríduo Pascal?
No final do século IV, encontramos já
organizado um tríduo pascal, que Santo Agostinho recomendava vivamente a
seus fiéis. Formavam, em princípio, o tríduo: a sexta-feira, o sábado e
o domingo. É no século VII que o tríduo se inicia com a “Ceia do
Senhor” na tarde da quinta-feira, com o que fica ele constituído pela
quinta-feira, pela sexta-feira e pelo sábado – aí incluída a vigília
pascal. As três datas formam uma unidade: a celebração do mistério
pascal.
O que celebramos na Quinta-feira Santa?
O Senhor celebrara com os seus a última
ceia no contexto da páscoa judaica: a comemoração da passagem de Israel
pelo Mar Vermelho. Nesse dia, Cristo inaugura à nova Páscoa, a da
aliança nova e eterna, a de seu pão compartilhado e seu sangue
derramado, a de seu amor levado ao extremo e do mandato do amor para
nós, a de sua passagem pela morte à ressurreição, a Páscoa que devemos
celebrar em sua comemoração. Eucaristia, sacerdócio, mandato do amor e
nova Páscoa do Senhor são o conteúdo preciso da missa da Ceia do Senhor.
O transporte das formas (hóstias) consagradas à urna para a comunhão da
sexta-feira inicia-se no século XIII. O “monumento” (local físico) é
elemento acidental e só encontra sentido em vinculação com o mistério
celebrado: agradecimento ao amor de Cristo e oração-reflexão do mistério
pascal.
O que celebramos na Sexta-feira Santa?
Como vem acontecendo há muito tempo, hoje
não se celebra a missa, tendo lugar à celebração da morte do Senhor: o
mistério que é celebrado é uma cruz dolorosa e sangrenta, mas ao mesmo
tempo vitoriosa e resplandecente. Trata-se de morte, a de Cristo, real e
tremenda; mas é passagem para uma vida ressuscitada e eterna. O amor de
Deus, que é vida, terá mais poder do que o pecado do homem, que é
morte. A celebração incorpora-nos à redenção de Cristo e a seu mistério
de salvação universal: pela morte à vida.
O que celebramos na Vigília Pascal?
Contamos com documentos do início do
século III, que apresentam alguns elementos desta celebração, tais como:
jejum, oração, eucaristia – e até batismo, com a bênção da “fonte
batismal”. Vão-se acrescentando depois novos elementos: o canto do
Exulte, que se vê documentado no século IV e a bênção do círio pascal,
no século V. Pouco a pouco, foi-se enriquecendo esta última, que deve
ser “a celebração das celebrações” para o cristão, e a que Santo Agostinho denominava “Mãe de todas as vigílias”. Assim
ouvimos com alegria: “Cristo ressuscitou, verdadeiramente, dos mortos”!
Num duelo admirável a morte lutou contra a vida, e o Autor da vida se
levanta triunfador da morte. Terminou o combate da luz com as trevas,
combate histórico de Jesus com os fariseus e todas aquelas pessoas que
não acolheram o Reino de Deus. Após as trevas brilhará o sol da
Ressurreição!
Oração a Jesus Crucificado
Eis-me aqui, meu bom e dulcíssimo Jesus!
Humildemente prostrado em vossa presença, eu vos peço e suplico, com
toda alegria do meu ser, que graveis no meu coração os mais vivos
sentimentos de fé, esperança, caridade, arrependimento dos meus pecados e
firme decisão de mudar de vida. Contemplo com grande dor as
vossas cinco chagas, vossas chagas gloriosas de onde jorraram o Teu
Preciosíssimo Sangue. Vem tocar em mim com Tuas mãos chagadas e cura-me,
liberta-me. Tendo presente as palavras que já o profeta Davi colocava em vossa boca, ó bom Jesus: “Traspassaram as minhas mãos e os meus pés e contaram todos os meus ossos”.
Meu bom Jesus crucificado, que eu também saiba aceitar as contrariedade
e dores da vida e socorrer os meus irmãos que sofrem. Que neste mundo
eu possa viver como pessoa ressuscitada pelo amor de Deus em Cristo
Jesus. Amém!
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