Notícia / Arquidiocese

Mensageiros e construtores da Paz

Mensagem de Dom Antônio Muniz para o Ano Novo

Jornal O Semeador

Dom Muniz Fernandes
MENSAGEIROS E CONSTRUTORES DA PAZ
Um novo ano está começando! No nosso coração de crentes – sempre movido pela esperança – brotam os mais ternos e sinceros desejos de que o ano de 2012, agora iniciado, seja repleto de graças e de bênçãos todos os dias do novo ano, para que, assim, a justiça e a paz aconteçam.
O primeiro dia do ano civil vem marcado por um simbolismo todo especial. Convencionou-se denominar esse dia, com os sugestivos nomes: Dia da Confraternização Universal, Dia Mundial da Paz. Para nós, cristãos católicos, em nossa liturgia, festejamos o primeiro dia do novo ano, dedicando-o à Maternidade Divina de Nossa Senhora, com a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria. É sob a sua materna proteção que alegres e confiantes nos colocamos, no início de mais um ano.
A paz é celebrada e desejada por todos. Por isso, começamos o ano, dando-nos as mãos num forte abraço e, dos nossos lábios sorridentes, brotam os mais sinceros votos de um feliz ano novo, repleto de paz. Palavra pequena: paz, porém, tão densa de sentido e conteúdo necessários aos nossos dias, comumente marcados pela violência que inquietam os nossos corações sequiosos de paz. A violência surge, mostrando suas interfaces. Ela se faz presente de diversos modos em nossos dias: física, moral, psicológica, social, política e, para tristeza nossa, também, religiosa.
Somos peregrinos da paz, instrumentos dela. Por vocação, protestamos contra todas as formas de violência que ameaçam a dignidade da vida humana. Lutar pela paz é ser coerente com o evangelho. Os que a promovem são os verdadeiros filhos de Deus, comprometidos com sua fé em Jesus Cristo, Aquele que nos dá a verdadeira paz. Paz transparente e não mascarada pelas ideologias de falsos pacificadores que pacificam, somente, a si mesmos e aos seus interesses escusos e beligerantes, uma vez que atentam contra a sacralidade da vida, sobretudo, à dos pobres, sempre excluídos e violentados nos seus direitos mais fundamentais.
Queremos a paz, para o novo ano e sempre. Mas, tenhamos cuidado para não idealizarmos uma paz etérea, um simulacro, que não passa de um ente de razão, sem nenhuma consistência ontológica. Paz é compromisso com a promoção da vida, com a justiça que reconhece o direito pertencente ao outro; é restituir a alegria àqueles que são vitimas imediatas da perversão social excludente, a violentar e matar tantos homens e mulheres inseridos nessa “cultura de morte”, que se tornou apanágio dessa sociedade sem Deus.
Contudo, lembremos: paz só em Cristo! É ele o Príncipe da Paz. Enquanto não nos deixarmos conduzir pelos verdadeiros valores do seu Reino: justiça, solidariedade, fraternidade, fé, amor, jamais alcançaremos a paz. Nós que temos fé, sabemos: a paz vem do alto, vem de Deus. É a sua graça, sua bênção que nos fortalecem e nos impelem a buscar, neste mundo, a paz: juntos, de mãos dadas, empenhados na construção de um mundo de irmãos.
Com votos de um feliz Ano Novo, desejo que no dia da confraternização universal, dia mundial da paz, lembremo-nos o que devemos ser todos os dias, ao longo deste 2012, agora iniciado: mensageiros e construtores da paz.

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